Leishmaniose


É uma zoonose causada por protozoários do gênero Leishmania (Leishmania braziliensis, L. infantum, L. chagasi, L. donovoni entre outros) acomete humanos, cães e gatos (nestes a doença não é bem mais branda e não tão grave, por isso não a abordaremos aqui). Pode se apresentar de suas formas: cutânea e visceral, sendo a primeira mais comum e a segunda mais grave.
Leishmania

Lutzomyia longipalpis, o "mosquito-palha"

Recentemente várias regiões têm tido surtos epidêmicos, como o sul da Bahia, o Distrito Federal, Belo Horizonte. Nesta semana foi realizada uma audiência com o deputado estadual Fred Costa, do PHS para discutir a doença.

Transmissão
A contaminação ocorre através da picada do mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) infectado, que se infectou ao picar outro animal já infectado. Há relatos ainda não confirmados de transmissão sexual.

Sintomas humanos
Consistem em febre, perda de peso, anemia e inchaço significativo do fígado e baço. No caso da forma cutânea, há o aparecimento de feridas pela pele nos mais diversos locais.

Sinais clínicos animais
Alguns animais podem não apresentar sinais clínicos; mas os que apresentam têm lesões de pele com descamação (e úlceras às vezes), perda de peso, atrofia muscular, anemia, diminuição dos glóbulos brancos, aumento dos linfonodos, lesões oculares e crescimento de unhas excessivo.

Prevenção
O mosquito-palha tem como locais adequados para a sua reprodução, ambientes escuros, úmidos e com matéria orgânica, por exemplo, ralos de banheiros, portanto como prevenção deixá-los sempre fechados e assim eliminar focos do mosquito. Existe também uma vacina registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) chamada de Leishmune que confere proteção superior a 92% e que já protegeu mais de 70.000 cães pelo Brasil.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de testes de ELISA, esfregaços e culturas para descartar outras doenças que tenham os mesmos sintomas. Falsos-positivos podem ocorrer, nesses casos uma nova amostra deve ser coletada 30 dias depois para confirmação, caso a titulação seja 1:40.

Tratamento
O tratamento é inexistente para os animais, é feito o sacrifício dos animais infectados e para humanos é realizada uma mistura de pentoxifilina e um antimônio pentavalente por 30 dias em altas dosagens, alcançando uma taxa de 90% de cura; o tratamento com o antimônio apenas não cura 42% dos pacientes e desses, 19% terá uma recaída.

Referências
-Patologia Veterinária, 6ª edição, T.C. Jones, R. D. Hunt e N. W. King, editora Manole

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